A população idosa mundial vem crescendo nos últimos anos: atualmente o Brasil possui cerca de 9,2% de sua população com mais de 65 anos, segundo o IBGE, e a tendência para os próximos anos é que essa porcentagem aumente, chegando a 25% em 2060.
Esse processo de envelhecimento da população pode ser explicado simplificadamente pela somatória de 3 eventos: redução da taxa de natalidade, redução da mortalidade e aumento na expectativa de vida. Cada vez mais realizam-se pesquisas e debates sobre esse processo e suas consequências, porém em sua grande parte esses debates se restringem a políticas sociais e econômicas, pouco se aprofundando no tema qualidade de vida e a adequação de nossas construções a essa nova realidade.
O mercado imobiliário e de construção civil também não tem acompanhado essas mudanças da sociedade de forma adequada, e pouco tem feito para atender diretamente a e esse segmento etário da população que ainda carece de edifícios residenciais, institucionais e comerciais adequados às suas necessidades.
A arquitetura dos nossos edifícios não deve agir como um agente limitador do idoso, pelo contrário, ela deve promover a manutenção de seus vínculos sociais, estimular a independência, a autoestima e a saúde física e mental, criando ambientes que contemplem em especial a acessibilidade, a ergonomia, o conforto e a segurança do usuário.
Por, Erick Ribeiro
Arquiteto e Urbanista
Proa Arquitetura Integrada
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